Indo na contramão dos valores romanos, que buscavam a perfeição dos traços, das formas e das condutas, a visão de mundo japonesa acredita que tudo o que existe é transitório e imperfeito. E que sim, há beleza nisso.
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A perfeição é um conceito humano. Baluarte da civilização greco-romana, esse padrão simétrico e aprimorado das coisas se disseminou por toda a Europa na arte, arquitetura e até mesmo no modo de viver – chegando até nós, brasileiros, por intermédio de Portugal, desde a época da colonização.
Do outro lado do mundo, o avesso: a filosofia oriental do zen-budismo acredita que uma das marcas da existência é a impermanência: Tudo o que existe está de passagem, em eterna mudança, e cabe a nós nos adaptarmos a estes ciclos, pois a busca pela perfeição seria por demais pretensiosa. Estes ideais, em tradução livre para a dimensão da estética e arquitetura, se tornam a wabi-sabi, caracterizada pela assimetria, simplicidade, austeridade e valorização de todos os processos naturais.
O que chamamos de vintage também carrega muito desta filosofia, assim como o rústico – são padrões simples, que valorizam a passagem de tempo e as modificações naturais, que portam singularidades extraordinárias, harmonizadas e únicas.
Confira abaixo uma seleção de móveis que carregam em si, um pouco da simplicidade wabi-sabi:
1. Banco Mocho, designer Sérgio Rodrigues
2. Banco Mark, designer Jader Almeida
3. Banqueta Safi
4. Poltrona de balanço Asturias, do designer Carlos Motta
5. Banco Rodeo
6. Mesa de centro Reserva, do designer Paulo Alves
7. Mesa de Apoio Bo
8. Estante Arquiteta, designer Eduardo Baroni
9. Mesa Mac, design de Sérgio Rodrigues